direitos de transferência

É importante levar em conta os direitos de transferência se quisermos adquirir um negócio dessa maneira

Certamente você já viu em mais de uma ocasião algum negócio em transferência. Pode ser uma ideia sedutora adquirir um negócio que já está em funcionamento. Mas o que isso realmente implica? Há muitos aspectos que devemos levar em consideração, sendo um deles os direitos de transferência.

Para ajudá-lo a esclarecer esses conceitos, explicaremos em que consiste a transferência de um negócio e quais são os procedimentos envolvidos. Além disso, falaremos mais detalhadamente sobre direitos de transferência, muito importante se as instalações estão sendo alugadas. Se você se interessou pelo assunto, não hesite em continuar lendo.

Como é a transferência de uma empresa?

Os direitos de transferência devem ser incluídos no contrato original para que possam existir

Antes de falar sobre direitos de transmissão, vamos primeiro discutir em que consiste a transmissão de uma empresa. É basicamente um contrato através do qual são transferidos bens tangíveis (móveis, produtos, etc.) e também bens intangíveis (clientes, marca, etc.). São vários os motivos pelos quais uma pessoa pode decidir transferir o seu negócio, sendo os mais comuns a reforma, doença ou falta de tempo, entre muitos outros. Claro que a pessoa que quer adquirir o negócio tem que pagar a transferência. O preço é determinado no respectivo contrato.

Formalidades

Como você certamente imaginará, realizar a transferência de um negócio não é tão simples quanto parece. Há uma série de documentos e procedimentos que devemos realizar antes de finalizar o processo. Vamos ver quais são:

  1. Contrato de cessão: Ele contém os bens que serão transferidos e tudo o que está nas instalações e que é necessário para o negócio em questão. O preço também será estipulado no contrato, que incluirá também a carteira de clientes, infraestrutura, estoque, etc. E se necessário, a licença também seria incluída nesta etapa.
  2. Cessão de arrendamento: Conforme ditado pela Lei 29/1994 do Arrendamento Urbano no artigo 32.º, o locatário tem permissão para sublocar o local ou cedê-lo sem o consentimento do locador. No entanto, você deve notificá-lo com pelo menos 30 dias de antecedência, pois o proprietário do local pode aumentar o aluguel em até 20%, se desejar.
  3. Licença de abertura: Ele é obtido na prefeitura do município para fazer a mudança de titularidade. Costumam solicitar uma série de documentos, sendo os mais frequentes estes: DNI com fotocópia, a identificação da licença anterior e, para as empresas, as procurações da pessoa que assina o pedido e a escritura de constituição.
  4. Registro de empresa ou autônomo: Agora só nos resta registrar como autônomo ou empresa. Após uma transferência, podemos escolher várias modalidades, sendo estas as mais comuns: Sociedade civil, Sociedade limitada (SL), Estimativa Objetiva e Estimativa Direta Normal ou Estimativa Direta Simplificada. Aqui Explicamos os passos a seguir para se registrar como autônomo.

Tudo isso pode se tornar uma bagunça muito cuidadosa. Por esta razão, é altamente recomendável ir a um consultor especialista para gerenciar todos esses procedimentos. Além disso, será responsável por nos informar sobre nossas obrigações fiscais. Desta forma evitaremos ser sancionados por alguma má gestão.

O que são direitos de transferência?

Os direitos de transmissão implicam a transferência das obrigações e dos direitos do inquilino para uma terceira pessoa

Agora que entendemos um pouco melhor em que consiste a transmissão de um negócio, vejamos o que exatamente são os chamados direitos de transmissão. Bem, é basicamente do montante que uma pessoa física ou jurídica deve pagar para adquirir o imóvel em questão. Este local tem que ser um negócio, ou seja, um local onde ocorra qualquer tipo de atividade econômica. Além disso, deve ser arrendado para que possa ser sub-rogado como inquilino.

Em outras palavras: Os direitos de transmissão, que devem ser pagos, implicam a transferência das obrigações e dos direitos do locatário para um terceiro. Este assume o lugar do inquilino. Dessa forma, o terceiro passa a ser o inquilino do contrato original de locação já existente, ao qual era inicialmente alheio. Isso sub-roga sua posição, a de inquilino.

Características dos direitos de transmissão

direitos de transferência deve atender a certas diretrizes. Por esta razão, poderíamos dizer que as principais características dos direitos de transmissão são as seguintes:

  • A pessoa que adquire as instalações tem que pagar, sim ou sim, uma contraprestação ou um determinado preço.
  • Após a transferência das instalações o contrato de aluguel anterior é mantido com os mesmos termos, não pode ser alterado.
  • Os direitos de transferência devem ser acordados no contrato de arrendamento. Caso contrário, o locatário é obrigado a obter o consentimento do locador se quiser transferir as instalações.
  • Existem apenas direitos de transmissão para estabelecimentos comerciais, onde as atividades econômicas estão ocorrendo. Não pode ser aplicado a imóveis usados ​​como residência.
  • É imprescindível que a transferência seja registrada em escritura pública.
  • Também é obrigatório notificar o proprietário de forma confiável que a transferência será realizada.
  • O estoque não pode ser transferido, apenas as instalações.

Exemplo

Para entender um pouco melhor como funcionam os direitos de transferência, vamos dar um pequeno exemplo. Eva é dona de um sítio e, para tirar alguma coisa, aluga-o a Paco, que diz que ali abre uma cafetaria e, assim, exerce uma actividade comercial. Portanto, Paco é o inquilino e Eva é a proprietária.

Com o passar do tempo, Paco decide que não quer continuar administrando o refeitório e quer transferir as instalações. Então aparece Alex, que não é nem o inquilino nem o dono do local. No entanto, ele está interessado no negócio e gostaria de manter as instalações. Para fazer isso, Alex teria que se sub-rogar como inquilino. Em outras palavras: Eu ficaria no lugar do Paco no contrato inicial, mantendo todos os termos implícitos.

Espero que com este exemplo os direitos de transferência tenham ficado claros. Basicamente o inquilino é alterado, sem tocar no contrato original. Isso pode ser um pouco vantajoso em alguns casos, mas lembre-se de que é de extrema importância leia bem os contratos, o que quer que sejam, olhando especialmente para as letras miúdas.


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